sábado, maio 18

Diário de Escrita 8

 Boa tarde!

Sim, eu me atrasei... Lembrei ontem de noite, pensei "depois eu faço" e apaguei na cama.

Mas tudo bem, esse mês não tem sido fácil aqui, porém diferente da semana anterior eu me sinto mais animada. Um pouco pelo menos. 


Eu senti que não houve muita diferença dessa semana para a semana passada em termos de produtividade, quase não escrevi. Do dia 10 até então foram somente 49 palavras no arquivo do conto da Anelissa.

Por isso, decidi fazer outras coisas relacionadas ao livro e uma delas foi a melhor decisão possível: um livro de referências para o universo do romance. 

Dividi em duas partes. A primeira é com informações do Continente de Evëhr'na e a segunda com informações de Mu (que é onde se passava o rpg e a história do livro). 

Ainda assim Evëhr'na é importante porque é lá que estão as explicações pra como o mundo de Mu virou o que é. As motivações dos vilões, a explicação das maldições e ciclos que acontecem. Também é o local de origem de figuras importantes pros protagonistas no futuro. (E nada disso existia no rpg, então estou criando e recriando e arrumando a história ainda!)

Tem sido divertido reconstruir "O Inimigo" e a relação dele com os deuses esquecidos. O passado e a queda. Tem sido ótimo imaginar a geografia desse lugar mágico que um dia, se tudo der certo, vai ser cenário de outras histórias também. 

Isso me ajudou muito a manter o pique, me sentir menos frustrada e sair da estagnação. Também é uma terapia pra minha cabeça cheia de ideias que estavam presas pelo desânimo de assistir Porto Alegre como está.




Outra coisa que me ajudou a revigorar a vontade de escrever foi o ranking de metas do grupo Papo de Autor, onde consegui bater minha meta de abril e ganhar uma medalhinha do incentivo. Parece pouco, mas foi muito divertido participar e espero mês que vem recuperar esse ritmo. (Maio eu aceitei ser gentil comigo mesma e me deixar curar desse cansaço emocional.)


Espero ter mais material semana que vem, mas até lá:

Boas leituras a todos!



sexta-feira, maio 10

Diário de Escrita 7 e desabafo

Bom dia, pessoal.

Hoje está sendo incrivelmente difícil começar esse diário. É estranho desejar bom-dia, porque sinceramente nenhum dia tem sido bom nas últimas semanas. Quem tá bem, ainda tá mal, não tem outra forma de dizer. 

Apesar de eu não ter sido diretamente afetada pela inundação, pois tenho sorte de morar em uma zona alta e segura, toda a situação é extremamente desgastante e dolorosa. Apavorante demais.
Nos primeiros dias havia muita incerteza sobre amigos desabrigados ou conhecidos desaparecidos. Animais se perdendo aos montes, familiares que perderam tudo. Como uma bola de neve foi crescendo e esmagando a gente pelo caminho. 
Ontem fui comentar que estava com frio e imediatamente me cruzou o pensamento de "tem pessoas na água ainda". (...) É impossível não me sentir afetada pela catástrofe que vem acontecendo. Durante os dias tenho vontade de chorar """sem motivo algum""", de repente. 

Ficamos sem luz por quase três dias, sem água por quase cinco. Mercados vazios. Assaltos aumentando durante o dia. Medo crescendo. E a chuva voltou. 

Todos os dias tem sirenes de um lado para o outro. O mesmo gatilho sendo ativado cada vez, a lembrança da Kiss e daquele "vácuo" que Santa Maria parecia ter se tornado, com sons abafados e ar pesado. Cada sirene me trava por segundos antes de eu conseguir voltar a raciocinar. 

No meio disso, ainda estive trabalhando 10h por dia, cobrindo o turno do meu colega que saiu em férias antes do caos começar. Ou seja: não tive a menor cabeça para escrever ou continuar com os desafios de escrita. Não vi as aulas, não senti ânimo pra nada. Fiquei enrolando fazendo pastas no pinterest ou fingindo fazer algo de útil no Notion.

O livro está atualmente com 10.609 palavras e eu percebi que tinha escrito mais de 40 páginas (A5) como primeiro capítulo. Dividi as cenas, reorganizei e arrumei algumas coisas. Um capítulo se tornou três, além do prólogo.
Desde que começou a enchente escrevi apenas 275 palavras. Me sinto frustrada. Mas parte de mim se sente mal também por reclamar disso. Eu tenho sorte de não estar de mãos vazias, tenho sorte de não ter visto minha vida ir, literalmente, por água abaixo. 

Minha cabeça segue confusa e caótica. Mas nós vamos nos reerguer. Em algum momento, temos de nos reerguer. 

Fiquem bem onde estiverem. ♡

sexta-feira, maio 3

Diário de Escrita 6

 Boa tarde, pessoal!


Como em todo diário, não sei nem como começar. Acho que vou começar dizendo que finalmente finalizei o primeiro capítulo. É um alívio. Começos são sempre difíceis pra mim, como demonstrado nesse diário... Mas ao total foram 16 páginas, longas 9.015 palavras. 

Foi difícil escrever essa parte, que se passa em um ambiente claustrofóbico de trem, sem cansar no processo. O cuidado de apresentar todos personagens importantes, dar personalidade e espaço é um trabalhinho bem ingrato. Mas que eu espero ter feito bem. 

Houveram extensas pesquisas sobre trens a vapor e mesmo processos de escrita, os quais continuo estudando em meio a tudo. Mas finalmente posso dizer que o primeiro longo passo foi dado.


Agora entra em cena a primeira cidade, palco de boa parte dos acontecimentos e que se tornou tão rica! Ainda estou definindo retoques finais em feriados e pontos da religião central, mas está tomando forma! E é uma parte que eu gosto muito. É uma loucura como o cenário "se cria sozinho" quando uma ideia puxa outra e mais outra e assim por diante!

Também estou tentando visualizar os bairros mais claramente, como funciona o comércio e a vida das pessoas que ali residem. Como o clima "paralisado" afeta o dia-a-dia e como funciona a igreja principal. Felizmente eu sempre tive uma capacidade bem boa de visualizar coisas! 


Acho que nos dias de pomodoro da oficina de escrita esse capítulo vai deslanchar, se os deuses quiserem (e se Porto Alegre sobreviver a tudo sem ficar sem energia). 

Ter feito perfil no NaNiWriMo também ajudou a me incentivar, ver o projeto crescendo é bom demais. Espero continuar num ritmo crescente! 

Enfim, estou me divertindo bastante! Conhecendo muita gente legal no processo e aprendendo um monte! Isso é o mais importante.


Boas leituras a todos!

Escritatividade Lura - Dia 6/10

Boa noite! Quase esqueci de fazer  o desafio de hoje, já estava bonitinha indo dormir e... OH NÃO!

Mas aqui estou, espero que estejam bem. 


Desafio: "Escreva um texto contando como é a sua forma favorita de procrastinação? Você acha que existe procrastinação saudável? Você já percebeu que estava enrolando para escrever e fez algo a respeito?"


É engraçado ser esse tema, na verdade. Desde ontem, passei a tarde fazendo pasta de inspiração no Pinterest, arrumando playlist no Spotify, criando perfil no NaNoWriMo... Escrever que é bom? Não me dei tanto tempo. 1.069 palavras. Hoje fiz perfil no instagram para leitura e escrita. O livro? Vou confessar que não mexi. 

Em parte eu sei que é porque estou ansiosa com a situação do estado devido às chuvas fortes. Santa Maria foi um dos locais bastante afetados e é onde minha mãe reside. Às vezes eu penso sobre isso e fico muito mal. Escrever puxaria esses sentimentos, acredito. Preferi respirar por hoje, começar a ler A Cidade da Raposa e me permitir me acalmar.

Na maioria das vezes percebo quando começo a procrastinar, então vou "comendo pelas bordas". 

Escrevo alguma coisa do blog relacionada ao livro, atualizo o diário de escrita na planilha, leio e releio o Escrever Ficção do Assis Brasil e então vou encarar meu aplicativo de texto, de vez em quando dou uma espiada no moodboard e no planejamento do capítulo. Coloco a playlist pra tocar. 

Minha forma de procrastinação favorita, desse livro em específico, é escrever contos inseridos no mesmo universo, mas que estão completamente deslocados no tempo do romance. Ao menos me ajuda a construir ainda mais o mundo onde se passa a história. 


E vocês? Tem alguma forma de procrastinar favorita?


Boas leituras a todos!

quarta-feira, maio 1

Escritatividade Lura - Dia 5/10

Boa tarde! Como está sendo o feriado de vocês?


Achei que ia escrever hoje o dia todo, mas com a situação da região pelas tempestades, só consegui me agoniar com parentes e amigos que moram numa região bastante afetada em outra cidade.

Pensei então em ver qual seria o desafio de hoje e focar nisso, tentar espairecer a cabeça. O tema foi: gerenciamento de tempo.

Desafio: "Escreva um texto contando como é o seu processo de escrita. Você consegue se organizar e escrever no mesmo horário ou escreve quando tem a chance, entre uma obrigação e outra. Como você acha que blocos de tempo funcionaria para você? Você divide seu tempo entre pesquisa🔎 e 📝escrita ou faz tudo junto?" 

Eu sempre tento, ao máximo, separar um tempinho para escrever em casa. Primeiro havia tentado pela manhã, mas com o falecimento do Reita acabei passando tempo demais dormindo quando tinha chance. Mudei então para de noite e tem sido melhor. 

Também escrevo bastante no trabalho. Como secretária de clínica, muitas vezes tenho espaços de uma ou duas horas sem nenhum agendamento. Às vezes até mais tempo. Aproveito para dedicar esses momentos de respiro para escrever ou estudar algo relacionado à escrita. 

Esses horários são pura sorte, não conseguiria programá-los para me dedicar igualmente todos os dias. Então alguns dias pesquiso coisas para a história, como pesquisei sobre criação de cabras essa semana. Ou sobre trens na semana anterior. Às vezes a dúvida simplesmente aparece em meio a escrita e preciso parar para checar dados ou informações. Eu sigo o fluxo e tento aproveitá-lo da melhor maneira possível.


E você, como organiza seu tempo de escrita? 

Boas leituras a todos!



terça-feira, abril 30

Escritatividade Lura - Dia 4/10

Olá leitor!

Esse post está saindo um pouco atrasado, mas o desafio foi cumprido no tempo certo! (Eu prometi afinal, oras!) Como foi um desafio mais... Íntimo, vamos dizer assim, um desafio escrito a mão, acabei não postando. Nos últimos dois dias estive um pouco ruim do estômago e isso atrapalha demais na concentração e trabalho. 

Ainda assim, forcei um mini diálogo entre a Anelissa e o Jake, porque amo eles e era o que estava na minha cabeça no momento. São personagens que serão recorrentes nesses desafios, assim como a Olga. 

Sem mais delongas, o resultado!

Desafio: "Reserve dez minutos e escreva uma página à mão. Deixe o fluxo de pensamentos guiar sua escrita. Perceba como o processo é diferente de escrever usando o computador. Preste atenção na sua mente querendo acelerar. Como isso te faz se sentir? Não se preocupe com a letra. Apenas escreva. Tire uma foto e poste."



É um pouco estranha a sensação. Eu adoro escrever em cadernos, mas quando se trata de narrativa me sinto esgotada. Talvez tenha sido pior por eu não estar 100% da saúde, quem sabe? Mas está feito! 

Boas leituras a todos!

Resenha - Cafés & Lendas

 


Cafés & Lendas é um livro de Travis Baldree que promete ser uma fantasia aconchegante. Longe de ter batalhas épicas ou grandes reviravoltas, a história mostra a orc Viv, uma aventureira veterana, que decide mudar de vida e deixar a violência para trás. Nas palavras do autor, ele gostaria de uma história que parecesse mais "uma canja de galinha do que comida de bar" que ele disse ser como são as fantasias que conhecemos, cheias de lutas grandiosas e momentos de tensão. 

A leitura de Cafés & Lendas é simples. De fato confortável e convidativa. A protagonista é carismática e mostra bem como cada ser é único e multifacetado. Acompanhá-la é prazeroso ao ponto que durante a leitura me peguei torcendo por ela e comemorando cada passo na nova jornada. Ela nos ganha por um desejo simples, mas que requer muita força de vontade, ao recomeçar a vida em uma cidade nova que sequer conhece o que ela pretende vender. É quase imediato se identificar com ela por uma razão ou outra.

As personagens que nos são apresentadas pelo caminho também são ponto chave da narrativa. Todas tem uma personalidade única e cativante, que nos dão ainda mais vontade de acompanhar a empreitada e rever nossas opiniões acerca de determinados estereótipos. Com leveza nos apresenta o sonho se tornando realidade um tijolo por vez, como se fossemos sócios do estabelecimento, e nos arranca risos sinceros com os diálogos divertidos e bem construídos. Devo destacar aqui, inclusive, o personagem Tico: um ratinho muito fofo que ganhou um lugar especial no meu coração.

O cenário por sua vez nos enche de uma vontade inevitável de sentar em uma cafeteria num dia de chuva para aproveitarmos o sabor de um latte enquanto lemos um livro. As descrições são muito bem feitas, sem "pesarem a mão" na nossa imaginação. É quase como se desse para sentir o aroma do café se misturando com cheirinho de pão recém saído do forno a cada página.  
Quase não tenho pontos contra a obra de tão prazerosa que foi a leitura. Terminei em menos de uma semana, tão investida que fiquei querendo saber o que viria a seguir e qual seria a novidade do cardápio. 

A única ressalva que posso fazer é sobre o nome, afinal no meio da história se tornou um ponto importante e que atrapalhou um pouco minha imersão, mas nada grave. "Lendas & Lattes" ao meu ver seria a escolha mais acertada, mas, como pontuou minha colega de tradução, talvez a escolha tenha sido da editora e não a tradutora em si. No mais, o trabalho é impecável e o livro transborda carinho. 

Por fim digo com tranquilidade que se tornou um queridinho na minha estante. Do início ao fim nos carrega por essa cidade mágica de alta fantasia, apresentando com suavidade o dia-a-dia desse lugar. Recomendo para quem deseja aquecer o coração e ler algo que traga a sensação de aconchego e familiaridade que só o cheirinho de café nos proporciona. 

Você já leu esse livro? Me conta o que achou!
Boa leitura a todos!